A Prefeitura de Concórdia está retomando a instalação de novas lixeiras de passagem — aquelas para lixo orgânico e reciclável, compradas ainda no governo do Pacheco, em 2024. A entrega atrasou, mas agora cerca de 50 novas unidades estão sendo instaladas em diferentes pontos da cidade.
É uma ação válida, mas que está longe de resolver o problema da limpeza urbana. Porque o que está falhando em Concórdia não é só a coleta de volumosos, como restos de construção — embora esse também seja um exemplo claro, como denunciou um morador do bairro da Gruta, com material acumulado há mais de 60 dias. O problema maior mesmo está na coleta regular, especialmente do lixo orgânico. Há bairros onde a irregularidade virou rotina, com sacos se acumulando nas calçadas e gerando desconforto e risco sanitário.
E aqui é preciso firmeza: a Secretaria de Meio Ambiente tem que reconhecer os problemas com humildade. Dizer que é “desleal” criticar a Prefeitura não resolve nada. Ao contrário: afasta a gestão da realidade da população. O primeiro passo para resolver é admitir que há falhas. A crítica não é um ataque — é um alerta.
O servidor público, especialmente quem ocupa cargo comissionado, precisa ter clareza do seu papel. É empregado do povo, e isso exige sensibilidade, humildade e respeito ao contraditório. Quem não está disposto a ser cobrado, a ouvir críticas, talvez precise repensar sua vocação. Porque na vida pública, a vaidade precisa dar lugar ao compromisso. Pensem nisso.
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