Alunos que confiaram na promessa de ensino superior gratuito estão sendo excluídos do programa do Governo do Estado. Famílias de baixa renda agora enfrentam o risco real de trancar cursos como Medicina, que chegam a custar R$ 10 mil mensais.
Estudantes da UNC Concórdia e da Unochapecó estão recebendo e-mails informando que não fazem mais parte do programa Universidade Gratuita, uma das principais bandeiras de campanha do governador Jorginho Mello (PL). A promessa era garantir o acesso de jovens ao ensino superior — mas, agora, muitos se veem à beira de abandonar a faculdade por falta de condições financeiras. Muitos universitários que estão chegando agora na universidade, também estão sendo informados que não terão acesso as bolsas do programa que prometia custear 100% das mensalidades dos alunos.
O impacto é direto, cruel e imediato. Alunos que já vinham recebendo o benefício estão sendo descredenciados sem explicação clara. Universitários de Medicina, por exemplo, relatam que não conseguirão seguir pagando mensalidades que ultrapassam os R$ 10 mil. O sonho da graduação virou pesadelo — justamente como o próprio Jorginho Mello descrevia em sua campanha: “O filho passa no vestibular e o pesadelo começa quando chega em casa e a família não tem dinheiro para pagar.”
“Ele deu o chocolate, mas não deixou os alunos comerem”, resumiu o vereador de Chapecó, Neuri Mantelli em discurso emocionado na tribuna. O parlamentar, que apoiou ativamente a eleição de Jorginho, agora diz se sentir traído. “Eu andei o estado inteiro pedindo voto com base na promessa da universidade gratuita. O que vai ser desses jovens agora? O governador não entregou o que prometeu.”
A informação extraoficial é de que os cortes têm relação com a falta de repasses do Governo do Estado às universidades conveniadas. A falha de planejamento e a ausência de uma política financeira consistente colocam em xeque a continuidade de um programa que se vendia como histórico para a educação catarinense.
Enquanto o Governo corta o que prometeu, cresce a angústia entre alunos e familiares que apostaram tudo na promessa do Estado.
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