Bolsonarismo testa nomes enquanto Lula mantém vantagem sobre Zema, Caiado e Eduardo Bolsonaro
A corrida presidencial para 2026 começa a ganhar forma com o levantamento da Genial/Quaest divulgado nesta quinta-feira (5). A pesquisa revela que três nomes da centro-direita — Tarcísio de Freitas, Ratinho Júnior e Michelle Bolsonaro — aparecem empatados tecnicamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em cenários de segundo turno.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), subiu de 37% para 40% em relação à pesquisa anterior, realizada em março. Já Lula oscilou de 43% para 41%, o que configura um empate dentro da margem de erro de dois pontos. Nesse cenário, 14% afirmam votar branco ou nulo e 5% estão indecisos.
Outro que cresceu foi o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Ele aparece com 38%, contra 40% de Lula — antes, a diferença era de 42% a 35%. Brancos e nulos somam 17%, e indecisos, 5%.
Michelle Bolsonaro, que tem sido ventilada como possível herdeira política de Jair Bolsonaro, aparece com 39%, também dentro da margem de empate com Lula, que registra 43%. Em março, ela tinha 38%, e o presidente, 44%.
Entre os governadores da centro-direita que alimentam projetos presidenciais, Eduardo Leite (PSD-RS) estreia nos testes da Quaest com 36%, contra 40% de Lula — tecnicamente empatados. O cenário ainda é novo, e a falta de série histórica impede análises mais profundas sobre sua evolução.
Já Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que recentemente manifestou desejo de disputar a presidência, aparece com 34%, contra 44% de Lula — a maior vantagem do petista entre os nomes testados.
Outros governadores, como Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União-GO), têm desempenho mais modesto: ambos aparecem com 33%, contra 42% e 43% de Lula, respectivamente.
Sucessão bolsonarista segue indefinida
Embora o ex-presidente Jair Bolsonaro siga inelegível e enfrentando investigações que podem levá-lo à prisão, ele ainda aparece como o único que empata numericamente com Lula: 41% para cada lado. Ainda assim, 65% dos entrevistados defendem que Bolsonaro deveria abrir mão da candidatura e apoiar outro nome. Entre seus próprios eleitores, 38% compartilham essa opinião.
Questionados sobre quem deveria representar a direita sem Bolsonaro, os entrevistados se dividem entre Tarcísio (17%), Michelle (16%), e Ratinho (11%). Eduardo Bolsonaro foi lembrado por apenas 4%.
Metodologia
A pesquisa foi realizada entre os dias 29 de maio e 1º de junho, com entrevistas presenciais em 120 municípios. Foram ouvidos 2.004 eleitores com 16 anos ou mais. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
Recebe nossa publicações direto no seu email!